sábado, 22 de novembro de 2008

Projeto "Laboratório Alternativo"

Um grande problema que venho encontrando pelas escolas que já lecionei ciências e biologia, e não foram poucas, é a ausência de um laboratório. Por esse motivo criei o projeto "Laboratório Alternativo" . Esse projeto tem o objetivo de criar nas escolas públicas e/ou particulares um laboratório de ciências de baixo custo, a partir de material reciclável e reutilizável. Além de implantar o laboratório, o projeto também inclui o treinamento dos professores de Ensino Fundamental para a utilização do mesmo.
Quem se inteessar pelo projeto é só me contactar pelo e-mail nabreumarques@gmail.com para maiores informações.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Desabafo de Professor

Estímulo. O que é estímulo?
Uma vontade incondicional de produzir conhecimento é o que sente um professor estimulado.
Quando um professor prepara sua aula, com objetivos claros e bom material didático, sente que todos da classe entenderão o conteúdo que será transmitido com alegria. Ele planeja cada instante de sua aula, cada minuto é essencial para seu sucesso, e vai para a escola com todo o material debaixo do braço; muitas vezes carregando mais de uma sacola. Pode ser que caminhe alguns quilômetros ou pode precisar pegar um ou dois ônibus lotados, mas assim mesmo chega animadíssimo na escola - sua aula será um sucesso. Ao entrar na sala de aula saúda seus alunos com um alegre "BOM DIA!" ou "BOA TARDE!" ou mesmo "BOA NOITE!". Escuta algumas respostas ao seu cumprimento e inicia a aula. Expõe o assunto, explica, faz atividades práticas para que os alunos possam visualizar melhor o assunto. Enquanto isso seus alunos estão absorvidos, não com a aula, mas com a lembrança do(a) namorado(a), o celular, jogo da velha, um está cochilando e lá atrás tem um grupinho de 4 ou 5 alunos batendo papo alegremente. É claro que dois alunos muito aplicados...
...ah, que pena! Enquanto redigia esse texto fui interrompida, talvez por um besouro que carregava uma bolinha de papel e a deixou cair em um daqueles alunos aplicados, que por estar tão concentrado em sua atividade se assustou. Mas é lógico que isso acontece, acredito ou melhor quero acreditar que nenhum dos outros componentes da classe tenha "jogado" essa bolinha de papel.
E assim, o professor vai vivendo, até chegar sua aposentadoria, iludido, meio realizado, meio frustrado, mas cumpriu sua missão.
E seus alunos? Não sei, podem ter se tornado um engenheiro, um médico, militar, advogado ou até mesmo um professor, ou então, está até hoje tentando encontrar o seu destino, mesmo com 40 anos de idade.
Autora: Nélida Abreu Marques

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Gincana para o Dia do Meio Ambiente

Antes de postar a organização da gincana, quero ressaltar que toda gincana deve estar inserida em um contexto e com objetivos bem traçados. Uma gincana por si só, sem objetivos traçados ou sem estar inserida em um projeto, não é significativa.
A gincana abaixo foi criada para atender alguns objetivos em um projeto de meio ambiente que atende à Agenda ambiental do Colégio Estadual Francisco Lourenço Alves, no município de Carmo. O objetivo do projeto é reflorestar as margens do Rio Paraíba do Sul, no trecho que margeia o distrito. A gincana tem o objetivo de valorizar o local, arrecadar mudas de árvores nativas e conscientizar sobre a importância de não jogar lixo nas margens do rio.
Segue abaixo a gincana que criei para os alunos do 2º segmento do Ensino Fundamental:

Gincana nossa Terra tem valor.


1. Atitude é fundamental

Dois elementos principais: a coletividade e a solidariedade. Uma gincana requer trabalho de equipe, de grupo. Por isso, é fundamental que todos se integrem e participem ativamente. Solidariedade pressupõe auxílio mútuo, cooperação, companheirismo, troca, irmandade.


2. Um espírito diferente

Ter presente a idéia ou as idéias que irão direcionar o trabalho. Quando for organizado o conjunto das “tarefas” deixar bem claro quais são as atitudes que serão cultivadas. Ressignificar o pensamento que temos sobre gincanas como momentos de competição entre equipes, ganhadores e perdedores, pontuações, prêmios, vaias.


3. No lúdico as gerações em solidariedade

O que está por trás de tudo isso é a ação coletiva e solidária de uma comunidade (crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos) em torno de uma busca comum: a preservação da obra criada por Deus. Deste modo, preservar a dignidade humana e o planeta são tarefas inseparáveis e que devem ser trabalhadas conjuntamente. Precisamos “construir um Novo Ser e um Novo Mundo a partir de uma Nova Relação”. Por isso, existe a orientação para que seja uma gincana que envolva toda a comunidade, desde a formação das equipes participantes.


4. Agitação também é construção

A “correria” precisa ser iniciada em benefício do planeta que começa em nossa própria casa e que se chama “nossa casa”. A correria solidária de quem sai do seu mundo e decide lutar coletivamente. Correria como sinônimo de trabalho muito ativo e não de algo desordenado. Para essa correria vamos nos organizar e desenvolver a consciência comunitária e desacomodada. Correria tem tudo a ver com adolescentes e jovens!


Pontuação de Tarefas e Premiação das equipes:


Eliminar a lógica da competição é uma das idéias! A gincana pode ser montada com esta idéia/chave. Cada tarefa cumprida contará um ponto. A equipe que somar mais pontos será premiada com medalhas. Todos os alunos participantes receberão um brinde.

Data da Gincana:

Dia 05 de junho – Dia do Meio Ambiente, no período da aula, de 8h as 12h, com a participação da comunidade local. Encerramento com lanche para os alunos do Colégio.

Apresentação Especial:

Apresentar em telão, fotos da gincana, no final da mesma.

Tarefas

1. Montagem das equipes – deverá ser feita com a ajuda do professor de Educação Física, a partir de uma atividade competitiva que envolva cores. As equipes deverão ter no máximo 10 alunos que queiram por livre vontade participar da gincana e não poderá haver menos do que 5 equipes. Cada equipe deverá escolher um professor coordenador.

2. Escolha do nome da equipe:
Critério: nome de um animal ou vegetal da Mata Atlântica.


3. Apresentar uma foto que valorize um ambiente bonito do Distrito. A foto deverá ser impressa em tamanho A4 e colorida e entregue em disquete.

4. Apresentar uma paródia com letra que estimule a defesa do meio ambiente. A equipe deverá tocar e cantar a música, ou trazer alguém para fazê-lo.

5. Apresentar um morador que tenha no mínimo 05 árvores plantadas no quintal e o nome popular e científico dessas árvores.


6. Apresentar 5 jogos confeccionados com materiais recicláveis e reutilizáveis (dama, xadrez, ludo, dominó, vaivém, etc.)

7. Apresentar uma muda de árvore nativa, frutífera ou não.

8. Desenvolver as tarefas surpresas e atividades, que serão apresentadas no Dia do Meio Ambiente.

Tarefas e atividades do dia:

  • Corrida do saco – O aluno tem que correr no saco, pegar a folha de uma goiabeira e voltar.
  • Pegar uma acerola ou outra fruta da região na bacia de farinha.
  • Responder a perguntas sobre os biomas brasileiros – 4 perguntas.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Exposição de Darwin no Museu de História Nacional do Rio de Janeiro

Foi fascinante olhar de perto o trabalho de Darwin. Entender a evolução dos seres vivos e sua diversidade no planeta parece muito complicado, mas quando nos deparamos com o trabalho de Charles Dawin, que utilizou como ferramentas apenas duas pistolas, uma espingarda e um telescópio com bússola, percebemos que para entendê-la basta um pouco de observação e dedicação.

Eu, o professor de Inglês Felipe Cunha, a professora de História Marilene de Assis Ferreira e a diretora do Colégio Estadual Francisco Lourenço Alves, Cláudia Cássia Fajardo Petráglia, fomos ao Museu de História Nacional observar este trabalho maravilhoso.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Meio Ambiente e Ação

A LAFARJ, indústria de cimento do município de Cantagalo - RJ, preocupada com a preservação do meio ambiente, está promovendo um curso de capacitação para o professores municipais de Cantagalo, com o apoio da ONG CASA, de Além Paraíba. No dia 15/03/2008, desenvolvi, a pedido da ONG, através do biólogo responsável- Klinger, uma oficina de Sabão de Óleo Comestível Usado.

30 professores da rede municipal de Cantagalo, participaram da oficina, onde foram produzidos, sabão em pedaço, sabão pastoso, detergente e sabonete a partir de óleo comestível usado. Essa atividade, além de despoluir as águas dos rios, pode ser uma fonte de geração de renda entre as famílias dos alunos.

Abaixo publicamos algumas receitas. Acompanhe:

Sabão em barra:
Receita básica
Material usado
1 litro de óleo usado
250 mL de água
300g de soda cáustica
Pode-se usar essência e corante.

Modo de Fazer

Em uma vasilha de plástico dissolva a soda cáustica com a água quente
Misture a soda dissolvida com o óleo e misture por 20 min.
Coloque a essência e o corante, misture bem.
Coloque nas formas e espere secar por 24 horas.
Tire da forma e embale. Espere aproximadamente 20 dias para usar para que o efeito da soda cáustica esteja totalmente neutralizado e não irrite as mãos.

Sabão Líquido - detergente
Sabão Líquido para Louças
· 1 sabão caseiro ralado
· 1,5 litros de água
· 1 colher de óleo de rícino
· 1 colher de açúcar fino
Ferver todos os ingredientes até dissolver e engarrafar.







Sabão pastoso
Receita de Sabão Pastoso
· 1,5 litro de óleo usado
· 1 litro de água morna
· 250 g de soda cáustica
· 250 ml de álcool
· 150 g de fubá
Coloque a água morna e óleo vegetal na bacia plástica. Misture bem.
Coloque a soda cáustica. Misture bem.
Coloque o álcool e misture novamente.
Em um pote separado misture o fubá com um pouco de água. Adicione a massa de fubá na bacia. Misture por 10 min.



Sabonetes

800ml de óleo vegetal usado
100ml de óleo mineral
100ml de óleo de amêndoas doces
200g de soda cáustica
1 copo de água

1- Dissolva a soda cáustica na água fria e meça a temperatura até alcançar 50°C.
2- Adicione os óleos e mexa bem até engrossar. No início o aspecto será de uma mistura fina e aquosa; no entanto, gradualmente a soda cáustica e o óleo reagem quimicamente e a mistura começará a engrossar e a ficar opaca.
3- Misture o óleo essencial e misture por mais alguns minutos.
4- Para verificar se a mistura está pronta a ser colocada nos moldes, faça um traço sobre a mesma. Com tal, deve desenhar uma linha no sabonete com uma espátula. Se o traço ficar marcado o sabonete está pronto a ser introduzido nas formas.
5- Deixe secar nas formas por 48 horas.
6- Na fase de envelhecimento do sabonete é freqüente formar-se um pó branco e fino na superfície ao qual se designa carbonato de sódio. Para evitar que o pó apareça, imediatamente após derramar o sabonete nos moldes, cubra-o com um plástico ou papel encerado. Pressione o plástico ou papel na superfície do sabonete para impedir o contato com o ar.


segunda-feira, 3 de março de 2008

O Ensino de Ciências.

Muita gente acha que estudar ciências é aprender sobre o Universo, O Sistema Solar, sobre o ar, a água e a terra, sobre o Planeta Terra. Entender a vida dos animais, aqueles que vivem na terra e aqueles que vivem no mar. Conhecer os vegetais, aprender sobre o corpo humano e compreender a química e a física. E não estão errados, tudo isso faz parte do estudo de ciências. O erro é achar que estudar ciências é só isso. E o pior, muitos professores acham que ensinar ciências é só isso.
Na verdade, o objetivo do ensino de ciências vai muito além de simples conteúdos enfocados pelos livros didáticos. Ensinar ciências é fazer compreender a relação íntima de dependência existente entre todos os seres vivos existentes no universo. É fazer entender principalmente a dependência do ser humano com os demais seres vivos e com o meio ambiente. Sim, a dependência do ser humano, uma vez que somos nós a principal forma de interferência nesse meio.
Como podemos discutir problemas tão sérios, tão grandes, como o aquecimento global, se nem ao menos conseguimos mudar atitudes corriqueiras na vida de nossos alunos e de suas famílias???
Como podemos criticar o desmatamento da Floresta Amazônica se não sonos capazes de coletar seletivamente o lixo de nossas próprias casas ou reduzir o consumo desmedido em nosso dia-a-dia???
É irônico criticar os lixões, ou até mesmo os aterros sanitários, se ainda não pudemos educar nossos filhos e nossos alunos sobre como cuidar do meio ambiente mais próximos de nós - nossa casa, nossa escola, nosso bairro.
Devemos repensar nossas ações enquanto educadores, tomar novos caminhos e efetivamente mudar a educação ambiental em nosso país.

Trataremos em novas postagens sobre uma maneira moderna de ensinar CIÊNCIAS.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Palestra na Câmara Municipal de Carmo




Em 23 de Janeiro de 2008 ministrei palestra sobre Educação Ambiental nas Escolas, na Câmara Municipal de Carmo. O objetivo principal da palestra foi mostrar a importância de se implantar um trabalho de Educação Ambiental nas Escolas de forma prática, sem data marcada ou período determinadao - Educação Ambiental tem que acontecer todos os dias durante todo o ano - e de forma a implantar atitudes concretas e rotineiras em toda a comunidade escolar.
Além da palestra que ministrei, outros palestrantes também cooperaram de forma riquíssima. O encontro foi muito proveitoso e acho que a Câmara deveria promover encontro assim mais vezes.
Parabenizo o Presidente da Câmara e a ONG Próazul pela iniciativa. Só lamento a ausência dos vereadores uma vez que tenha sido o I Encontro de Políticas Públicas do Meio Ambiente da Câmara Municipal de Carmo. Como poderão propor leis para o meio ambiente se não participarem das discussões sobre os problemas ambientais da cidade????